maio 06, 2010

Passada a temporada de contemplação das belezas naturais da Terra da Desmemória, de matas virgens, longas praias de alva areia e mar de águas verdes, o Capitão resolveu zarpar. Deixava para trás o passado O Navio Holandês partiria mais leve e tranqüilo. Verdade que os madeirames rangeriam de saudade. A custo, tentaria harmonizar os ruídos doloridos com o assovio da suave brisa, o bater das ondas nos cascos, o rufar das velas. Nas noites enluaradas cantaria para os céus mensagens de amor. O tempo sararia as feridas e entorpecido seguiria em frente.
Da ponte de comando, o Capitão via o escaler solitário que balouçava no vagar das ondas. O mar azul que escurecia ao se afastar do litoral.
As folhagens das copas das árvores fundiam-se ao recorte das montanhas. Pássaros cruzavam o horizonte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário