abril 11, 2010

Trechos "O HOMEM E A FLOR"

A brisa fresca num amanhecer após a noite de música. U2 – BONO.
O canto de protesto, a multidão ululante, São Paulo. Na véspera o show dos Rolling Stones no Rio. Bom sair do marasmo, tentar levantar a poeira, vibrar.
A vida segue. O dia muda. Caminhamos.



Marcelo estatelou-se no sofá. Passara a manhã separando e “limpando“ recortes e revistas. O jornal guardado amarela e esfrangalha em pedaços dilacerados. A mente turbinada. Logo sentiu o nevoeiro o envolvendo. A memória fugaz e reticente, vai e volta.
Num domingo.
Ao contemplar o mar, ouvi as palavras de Deus: “Não escutas já o ruído da tempestade que há de arrebatar o velho mundo e abismar no nada o conjunto das iniqüidades humanas?”
As marolas quebravam mansamente na areia, em contraste com o embate das ondas contra as pedras do Arpoador.
“Pregai palavras de consolação, de esperança, de fraternidade e de paz!”.
O sol se escondia atrás dos Dois Irmãos, tingindo o horizonte de vermelho e as nuvens esparsas. Uma brisa fresca fazia tremer o corpo. Arrepio de deslumbramento.
“Leve sem medo as palavras de fé. É chegada a hora de compartilhar. Desça Jesus da cruz! O espírito aquietou-se, tranqüilo, ouve as últimas palavras: “Vá em paz e confiante, que estaremos ao seu lado protegendo-o”.
Amém! – foi o que conseguiu articular.

Trechos Poesias " A TORRE DO BARÃO"



Como seria a vida?
sem altos e baixos
alegrias e tristezas
avanços e recuos
vitórias e derrotas?



A poesia permanece
segue o destino
do aventureiro

Trechos poesias "VOE COMIGO"

OLINDA LINDA

Os caminhos abrem-se
claros e precisos
a solidão transborda das casas vazias
Casario emparelhado
paredes caiadas
multicoloridas
janelas fechadas
igreja fechadas (isoladas, imaculadas)
Olinda
cidade alta
Nas ruas desertas
As pedras trilhadas
das gentes ausentes
O silêncio
O frescor da brisa vinda do mar
Soprando pelas encostas
Caminhar solitário
o tempo passando
Sol a pino
A gente escondida no fundo das casas fechadas





No topo, no alto da Sé
os vendilhões
do templo
o abandono


O monstro erguido
A obra dita de arte
Caixa d’água


Ao sopé a cidade que se esconde
ao longe Recife
o mar
verde, calmo, silencioso


Olinda, cadê seu sorriso?
Sua gente?

(Do carnaval, das festas,
de suas invasões, não quero saber.
Quero seu coração
sua alegria da gente escondida)

Trechos da poesia "VÉSPERAS"

Passo que passo
passado
contra o fundo do universo
negro
pontilhado de brilhos
Passo que passo
apressado
sobre a terra azul
girando
entre mil outros planetas
Passo que passo
parando
para não chegar ao fim
ou início
Passo que passo
passo

abril 06, 2010

GOL! GOL!!!




Premiado com medalha de PRATA no 43 Salão de Maio de 2008 da Sociedade Brasileira de Belas Artes - RJ.
É um dos quadros em exposição na Galeria Crase-Sigma ( Rua Visconde de Pirajá, N. 260 / Sobreloja)

Bailarinas



"BAILARINAS" Cópias em resina com pó de mármore. Original em bronze.

Trilogia do mar:



Arpoador, Ipanema e Copacabana.

Ventania





Pintura a óleo sobre tela.
Medalha de Bronze no 2 Salão Sansão Pereira/ Junho de 2008.