A brisa fresca num amanhecer após a noite de música. U2 – BONO.
O canto de protesto, a multidão ululante, São Paulo. Na véspera o show dos Rolling Stones no Rio. Bom sair do marasmo, tentar levantar a poeira, vibrar.
A vida segue. O dia muda. Caminhamos.
Marcelo estatelou-se no sofá. Passara a manhã separando e “limpando“ recortes e revistas. O jornal guardado amarela e esfrangalha em pedaços dilacerados. A mente turbinada. Logo sentiu o nevoeiro o envolvendo. A memória fugaz e reticente, vai e volta.
Num domingo.
Ao contemplar o mar, ouvi as palavras de Deus: “Não escutas já o ruído da tempestade que há de arrebatar o velho mundo e abismar no nada o conjunto das iniqüidades humanas?”
As marolas quebravam mansamente na areia, em contraste com o embate das ondas contra as pedras do Arpoador.
“Pregai palavras de consolação, de esperança, de fraternidade e de paz!”.
O sol se escondia atrás dos Dois Irmãos, tingindo o horizonte de vermelho e as nuvens esparsas. Uma brisa fresca fazia tremer o corpo. Arrepio de deslumbramento.
“Leve sem medo as palavras de fé. É chegada a hora de compartilhar. Desça Jesus da cruz! O espírito aquietou-se, tranqüilo, ouve as últimas palavras: “Vá em paz e confiante, que estaremos ao seu lado protegendo-o”.
Amém! – foi o que conseguiu articular.
Um comentário:
Gostei muito das novas inserções. Parabéns !
Abraços,
Cesar
Postar um comentário