abril 18, 2011

A ONDA



A imagem sinistra
morte inglória

de milhares

figura de dor

corpos, casas, carros, barcos

Amalgamados num mar de lama

terrível abalo sísmico

terras arrasadas

povo sofredor

visão na tela

olhares pasmos

no MUNDO

terror

fúria da natureza



O que fazer?

Na retina a permanência

trágico destino

longe

que perdura na aurora



A dimensão da tragédia

hipnotiza

amortece

desnorteia



O grito dissonante

vara a noite

agonia

revolta


A que divindade culpar?

Rezar

Ajoelhar

pedir clemência


Reparar?

Reconstruir?


abril 07, 2011

AS GAIVOTAS

A gargantilha de diamantes
faiscava na escuridão da noite,
como um céu estrelado.
No pescoço da gentil moça era um

brilho dos deuses. O olhar
descendo docemente sobre os seios
desnudos provocavam um frenesi.
O desejo de abraçá-la aumentava
com o sorriso sedutor. aproximou-se
lentamente. Ela abriu os braços,
deixando cair a ultima defesa de
sua nudez, um robe de seda chinês
estampado de flores e dragões
sobre fundo vermelho. O toque dos
corpos foi inebriante.

Ao fundo duas gaivotas cruzavam o firmamento.