junho 18, 2013

O ASSASSINO DA POUSADA


O garoto desorientado de mochila. Chuva fina. Molhada. Fria. Nervoso, ele insiste em tocar a compaínha. São 8 horas de uma manhã de sábado. Rua deserta, carioca odeia tempo feio, encoberto. Não percebe que toca no interfone errado. O portão de ferro da vila o confunde. Olha o relógio, para os lados.
A testemunha ocular se afasta da janela. Protegido pela vidraça opaca, olha novamente a Pousada. O garoto se afasta.
Barulheira infernal, gritos, sirenes. A Pousada é invadida por policiais, enfermeiros. Jovens saem espavoridos pelo portão.
- O que terá acontecido?
Ouve falatório. Consegue captar algumas palavras.
- Cruel!
- Degolaram as moças!
As suspeitas se confirmaram. Crime na Casa Vermelha. O escritor volta para sua poltrona. Abre o jornal.

Enquanto isto na “Casa Branca”, em Washigton, neva. New York sucumbe ao furacão “Sandy”. E o Junior?
-        Pô, Obama chorou!


E o “Delirium” continua.


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